Conheça as 2 aldeias que são divididas entre Portugal e Espanha
As histórias da fronteira entre Portugal e Espanha sempre foram lendárias, associadas ao contrabando, à ajuda e solidariedade em tempos complicados.
Mesmo quando os 2 países estavam em guerra, os habitantes da Raia tinham outro tipo de regras entre eles. A guerra poderia existir entre os dois países, mas de um lado e do outro da fronteira, a amizade e os laços familiares mantinham-se apesar das circunstâncias.
Neste contexto, surgem em Portugal 2 aldeias muito peculiares.
Rio de Onor, em Bragança, e Marco, em Arronches.
Rio de Onor partilha com a aldeia alentejana de Marco uma característica verdadeiramente singular: ambas as aldeias são atravessadas ao meio pela fronteira internacional entre Portugal e Espanha, criando uma situação em que uma parte da aldeia é portuguesa e a outra é espanhola. No caso de Rio de Onor, a parte espanhola é oficialmente reconhecida como Rihonor de Castilla, mas para os habitantes locais, ambos os lados são simplesmente o “povo de acima” e o “povo de abaixo”, não sendo realmente percebidos como duas aldeias distintas, apesar do que frequentemente é indicado em várias literaturas.
Este povoado único, além de possuir um regime de governo próprio, preserva um dialecto particular e quase extinto, que pertence ao grupo asturo-leonês, tal como a língua mirandesa, conferindo-lhe uma identidade cultural muito própria.
Característica da região transmontana, a aldeia exibe casas tradicionais compostas por dois andares: no andar superior residem as famílias, enquanto no andar inferior encontram-se o gado, os cereais e outros produtos agrícolas, num modelo arquitetónico que reflete a vida rural e comunitária da região.
A aldeia do Marco é uma localidade que pertence à freguesia de Esperança, no concelho de Arronches, enquanto que a aldeia de El Marco é uma freguesia situada no concelho de La Codosera, na província de Badajoz.
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Mas continuando, a particularidade desta aldeia geminada não é o facto de estar situada na fronteira.
Existem. de facto, muitas aldeias na fronteira, mas cada uma tem um detalhe único que as distingue umas das outras. Antes da construção de uma estrada que ligasse os dois países, a única forma de comunicação era uma pequena ponte sobre a Ribeira de Abrilongo.
Na parte portuguesa da aldeia, encontra-se o marco fronteiriço 713-B, instalado em conformidade com o Tratado de Limites de Lisboa de 1864. Como todos os marcos fronteiriços, o lado que pertence a Portugal está voltado para o território português, enquanto o lado que pertence a Espanha aponta para o território espanhol.
Curiosamente, o português é a língua predominante de comunicação nesta área.
Esta região foi alvo de colonização por camponeses alentejanos, especialmente no último quartel do século XIX, abrangendo uma grande parte do território que pertence ao concelho ou ayuntamiento de La Codosera, o que nos permite falar de uma Extremadura portuguesa ou alentejana, ou de um Alentejo espanhol ou extremenho.
Não é de estranhar, portanto, que a arquitetura tradicional, embora com pequenas variações influenciadas pela região, seja essencialmente alentejana, mesmo nestas aldeias que pertencem ao território espanhol.
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